O corpo ferido que se acalenta aos braços de Epione
Fecha os olhos com o rosto triste do frio que o envolve
Na abertura trêmula dos dedos que não mais sentem
Apenas o calor de uma vaga lembrança deste momento senil
Uma estátua esboçada e exposta na antiga casa de Delacroix
Vou criando vertentes que analisam os refratários do céu
E buscando uma explicação para algo que algum dia já tenha sido dito
Pois me criei para ser o mar, mas sem enxergar qualquer horizonte
Hoje me conformo encostando nos jardins Zens
Onde se habita quase tudo; - Menos eu
Um orvalho de dor misturei-me entre gramas e Luciana Franco
Mas não pude ser a venda que oculta os olhos do artista(...)
Nada mais cristalizado que o bom e velho vento trazendo a chuva
Nada mais calmo do que era acordar entre anjos
E descobrir que ainda o sono trazia alegrias
Como se fosse uma constelação; - Hydra ao final dos dias.
Binho
Nenhum comentário:
Postar um comentário