segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Triste Pássaro de Javier

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Sobre o reflexo de minha lente percebo um céu sem fim
Um colorido estranho e meus olhos que tentam exergar além do que se pode ver
Talvez eu acredite ser um reflexo desse pedaço azul tão singular
Uma fotografia que acontece sem querer, como o brilho do seu doce olhar

Seja numa simples cantiga
Ou nos profundos acordes de Navarrete
Sejam as lágrimas de "If tomorrow never comes?" que me fazem acreditar
Ou nas tristes melodias de Yanni que aprendi a gostar

E entre uma brisa e outra de uma chuva repentina
Tempestivas são as razões que não consigo entender
Teus olhos e tu boca que aparecem numa página qualquer
Um anjo bom, uma doce menina, uma deusa, uma mulher

E "no espelho" ainda ouço algumas notas que trazem esse nome
Meu sorriso de repente se tranforma numa feição esquecida
Como um palhaço que chora numa cama fria
As gargalhadas abafadas que ainda ouve pela sua arte que ainda cria

Queria estar no alto para ver a cidade dormir
As luzes que piscam e se misturam com o ar frio de cima
Como os aplausos deixados de lado; - Esquecida ansiedade
Triste como um soneto, como um pássaro querendo estar mais perto da verdade

Binho
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Um comentário:

  1. "Queria estar no alto para ver a cidade dormir
    As luzes que piscam e se misturam com o ar frio de cima
    Como os aplausos deixados de lado; - Esquecida ansiedade
    Triste como um soneto, como um pássaro querendo estar mais perto da verdade"

    Cara tu tem o dom sabia? ushsuhsushsuh
    sério! teus poemas são profundos pakas!!

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