terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sussurros em Morgdan

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Quantas cordas serão necessárias para me acorrentar a realidade?

Sob um sol esquizonfrênico e nuvens metálicas que orgiam serenidade

Eis que o Primeiro Panteão se curva perante as sombras turvas da manhã

E nem aconchegado aos braços de Hellenah meus sinônimos puderam sentir



Meus dedos soletram na areia um nome desconhecido

Tão improvável como o sorriso sincero de Julian

O nome distinto, um apelo em silêncio que não denota cor

A dor de Harpócrates é acolhido pelo Labirinto de Fauno



Sinfonias paralelas nas camadas mais finas dos Templários

Soldados multiplicados, nascidos dos goros, mas que procuram a paz

Nada mais do que meus respiros e olhos caídos que não toleram a mágoa solitária

E a sutil incerteza de que outros olhos me farão companhia nessas horas tardias



Um céu negro agoniza disposto do lado de fora

Sem qualquer razão aparente

Da mesma forma que eu do lado de dentro

Como o soldado Er que não volta pelo caminho de onde partira



Binho

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