O que abre em meu peito não é apenas pele e calor
Com a cabeça virada para o céu
Com o refúgio negro dos olhos fechados
Em algum lugar ao sol em vista de 360 graus
Meu corpo se conforma com a plenitude do clima
Mas meu espírito não
Ele quer se libertar por horas
E sentir os braços abertos sem as cordas da vida real
Preciso do vento para descongelar a imagem estática de meus olhos
Minha feição indeterminada automatiza respostas óbvias
Assim como o respiro é providencial, mas o suspiro não
Como um livro aberto revelam idéias, mas o pensamento não
Quero acreditar em mitologias e adorar deuses
Acreditar que meu sorriso um dia surgirá sincero
Com a mesma sinceridade que Himalia ensinou
Como uma foto colorida desbota a cada saudade sentida
Ao meio do nada ao menos nada pode me alcançar
E sei que o toque que eu sentir não será de ninguém
Não haverá poesias e nem músicas declamadas ao pôr-do-sol
Apenas uma alma tocando meu corpo depois de uma longa viagem feliz
Binho
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário