quarta-feira, 6 de julho de 2011

Finais Tristes em Dias Felizes

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O que abre em meu peito não é apenas pele e calor

Com a cabeça virada para o céu

Com o refúgio negro dos olhos fechados

Em algum lugar ao sol em vista de 360 graus



Meu corpo se conforma com a plenitude do clima

Mas meu espírito não

Ele quer se libertar por horas

E sentir os braços abertos sem as cordas da vida real



Preciso do vento para descongelar a imagem estática de meus olhos

Minha feição indeterminada automatiza respostas óbvias

Assim como o respiro é providencial, mas o suspiro não

Como um livro aberto revelam idéias, mas o pensamento não



Quero acreditar em mitologias e adorar deuses

Acreditar que meu sorriso um dia surgirá sincero

Com a mesma sinceridade que Himalia ensinou

Como uma foto colorida desbota a cada saudade sentida



Ao meio do nada ao menos nada pode me alcançar

E sei que o toque que eu sentir não será de ninguém

Não haverá poesias e nem músicas declamadas ao pôr-do-sol

Apenas uma alma tocando meu corpo depois de uma longa viagem feliz



Binho

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