terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pedaço de mim

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Minhas mãos que sempre dedilharam violões desafinados
Que seguraram folhas desmentidas do meu ser
Se recusam a escrever teu nome em poesias
Se recusam tocar tua foto que emoldura tristemente minha mesa

Tua ausência causa um buraco sem sentindo em minhas frases
Mesmo teu perfume, esquecido no fundo do armário, intoxica minha saudade
Me recuso a escutar adjetivos do teu nome;- Amor;- Dor(...)
Mas mesmo embebido de solidão e as ironias de Cazuza, ainda doem revivências...

Sou um pedaço de necessidade que finge ignorar dependência
Um espaço reservado em lugares inabitáveis
Ainda assim reconheço as dores de Serj Tankian
Ainda assim finjo sorrir por educação sóbria

Hoje as músicas tristes me fazem feliz
Hoje eu tenho momentos só meu (que eu não gostaria de ter)
Hoje morrerei deitado ao submerso
Hoje voarei disperso (...)

A cada intervalo entre refrões eu sentirei sua falta
Mesmo assim eu educarei meu sorriso para ser uma cortina
E quando sem querer eu sentir o abraço voluntário me tocar
Sei que não controlarei minhas lágrimas, mas ainda assim serei um pedaço de felicidade.

Binho.
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